Hoje eu instalei o tão esperado KDE 4, que já está por ai a algum tempo, e devo dizer que fiquei incrivelmente surpreso com ele. Os desenvolvedores conseguiram fazer um desktop polido, bonito e prático que não tem precedentes na história das GUIs open source.

De maneira geral o que me impressionou foi a forma como o deskop ficou confortável em resoluções grandes (aquelas utilizadas por monitores com 19 ou mais polegadas). Ao contrário do Gnome que parecia desajeitado na minha resolução (1680×1050), o KDE se ajustou de maneira mais homogênea dando a impressão de utilizar melhor o espaço do desktop.

O novo menu de aplicações também está mais organizado e acessível, fazendo com que as aplicações fiquem a poucos cliques de distância da raiz do menu. Além disso ele tem a opção de adicionar aplicações a um menu de favoritos que é mostrada já no inicio do menu. No Gnome eu reproduzia um comportamento semelhante através da criação de um painel que ficava localizado na parte de baixo do desktop, conforme mostrado na figura abaixo.

Este design, é semelhante ao do Mac OS X, outro dos ambientes que eu acho extremamente confortável para trabalhar. A grande diferença, entretanto que é ao contrário do Gnome, o Mac OS X, consegue integrar o menu das aplicações no seu menu do topo. Embora o KDE também não tenha essa funcionalidade, isso passa despercebido, uma vez que ele possibilita iniciar as aplicações de maneira rápida sem inundar a barra de tarefas com ícones/links para iniciar as aplicações (como no Windows e no Gnome).

Outro ponto forte que vale a pena ressaltar (embora este seja subjetivo) é o desempenho, já que o sistema parece ser mais rápido e responder com mais agilidade as ações do usuário.

É claro que nem tudo são flores, o ambiente ainda está na sua primeira versão e muitas coisas precisam ser melhoradas, embora eu ainda não tenha encontrado qualquer bug realmente chato, que me faça querer voltar para o Gnome. Alguns dos problemas que eu encontrei:

  • Não é possível mover o widget que zoom, que fica no canto superior direito da tela.
  • É possível redimensionar a barra de tarefas de modo que ela seja menor que o ícone do do KDE.
  • A lixeira não tem nome: o ícone da lixeira aparece, no desktop, sem o nome.
  • Por algum motivo o gerenciador de janelas do Gnome está como padrão, fazendo com que eu tenha que iniciar o kwin na mão (através do kwin –replace) e matar o do Gnome.

Agora é só esperar pela tão aguardada versão 4.1 que provavelmente irá resolver inúmeros outros problemas e dar um passo a frente na migração do framework de aplicações do KDE 3 rumo a versão 4.

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